quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Rei Leão e o Macaco


Tempos atrás, os bichos falavam. Pois bem, nesse tempo havia um leão que vivia numa alegria danada, dando festas todos os dias. Porém, um dia sua esposa, a leoa, morreu. Nesse dia, o leão baixou um luto na mata. Ele disse:
- A partir de hoje eu não quero ouvir passarinho algum cantando, não quero bicho pulando, coelho correndo... Vai todo mundo ficar calado e quieto.
O tempo foi passando e aquela tristeza danada invadiu a mata. Mas, acontece que o macaco não estava gostando muito dessa história e resolveu quebrar o luto. Começou a subir em árvores, gritar, pular. Só que essa confusão chegou aos ouvidos do leão, que ficou irado. Ele reuniu todos os bichos e mandou que trouxessem o macaco para averiguar essa história de desrespeitar sua ordem.
Ao chegar, o macaco ficou assustado parado na frente do leão, que perguntou:
- Eu estou sabendo que o senhor está na maior festa, desobedecendo minha ordem. Que negócio é esse?
O macaco respondeu:
- É verdade sim senhor leão. Mas, eu estou fazendo isso porque sua esposa mandou. Ela apareceu pra mim e falou que lá onde ela está é uma alegria danada! Que lá é bom demais e que é pro senhor ficar alegre, comemorar e chamar os outros bichos todos para comemorarem também. Ela mandou um recado pro senhor...
O leão, assustado, quis saber do recado. O macaco, então, disse:
- Ela disse pro senhor deixar de ser bobo, fazer a barba, tomar um banho, arrumar uma leoa nova e casar!
O leão ficou numa alegria danada. Tomou seu banho, fez a barba e em pouco tempo estava até com uma nova esposa.
Dizem que até hoje eles estão lá na mata e muito felizes!


(História Gravada por Ana Paula Oliveira, contada por Josiley Souza, em Belo Horizonte)
*O título dessa história não corresponde ao verdadeiro

terça-feira, 26 de julho de 2011

A Descoberta da Joaninha


Dona Joaninha vai a uma festa em casa da lagartixa.


Vai ser uma delícia!

Todos os bichinhos foram convidados...

Dona Joaninha quer ir muito bonita!

Porque, assim, todo mundo vai querer dançar e conversar com ela!

E ela poderá se divertir a valer!...

Por isso, colocou uma fita na cabeça, uma faixa na cintura, muitas pulseiras nos braços e ainda levou um leque para se abanar.

No caminho encontrou Dona formiga, na porta do formigueiro, e disse:

- Bom dia, Dona Formiga!

Não vai à festa da lagartixa?

- Não posso, minha amiga. Ontem fizemos mudança e eu não tive tempo de me preparar...

- Não tem problema! Tudo bem! Eu posso emprestar a fita que tenho na cabeça e você vai ficar linda com ela! Quer?

- Mas que legal, Dona Joaninha!

Você faria isso por mim?

- Claro que sim! Estou muito enfeitada! Posso dividir com você.

E lá se foram as duas. A formiga radiante com a fita na cabeça.

Dali a pouco encontraram Dona Aranha, na sua teia, fazendo renda.

Ao ver as duas, a aranha falou:

- Oi! Onde vão vocês duas tão bonitas?

- À festa da lagartixa! Você não vai?

_ Sinto muito! Não posso...tive muitas despesas e sem dinheiro não pude me preparar para a festa!

Não seja por isso! disse a Joaninha - Estou muito enfeitada! Posso bem emprestar as minhas pulseiras...Vão ficar lindíssimas em você!

- Que maravilha! disse a aranha entusiasmada.

- Sempre tive vontade de usar pulseiras nos braços! Dona Joaninha, você é legal demais! Sabia?

E dona Aranha, muito beliz, acompanhou as amigas.

Logo adiante encontraram a taturana. Como sempre, morrendo de calor!

- Oi, Dona Taturana! Como vai?

- Mal! Muito mal com esse calor!...Sabe que nem tenho coragem de ir à festa da lagartixa?

- Ora! Mas para isso dá-se um jeito! disse a Joaninha muito amável. - Poderei emprestar o meu leque.

E lá se foi também a taturana, felicíssima, abanando-se com o leque e encantada com a gentileza da amiga.

Mas, logo depois, deram de cara com a minhoca, que tinha posto a cabeça para fora da terra para tomar um pouco de ar.

- Dona Minhoca não vai à festa? disse a turminha ao passar por ela.

- Não dá, sabe? Eu trabalho demais! Quase não tenho tempo para comprar as coisas de que preciso... E, agora, estou sem ter uma roupa boa para vestir! Sinto bastante! Porque sei que a festa vai ser muito legal! Mas, que se vai fazer...

- Ora, Dona Minhoca - disse a joaninha com pena dela. - Dá-se um jeito...Posso emprestar a minha faixa e com ela você ficará muito elegante!

A minhoca ficou contentíssima! E seguiu com as amigas para a festa.

Dona Joaninha estava tão feliz com a alegria das outras que nem reparou ter dado tudo o que ela havia posto para ficar mais bonita.

Mas, a alegria do seu coração aparecia nos olhos, no sorriso, e em tudo o que ela dizia! E isso a fez tão linda, mas tão linda que ninguém na festa dançou e se divertiu mais do que ela!

Foi então que a Joaninha descobriu que para a gente ficar bonita e se divertir, não é preciso se enfeitar toda.

Basta ter o coração bem alegre, que essa alegria de dentro deixa a gente bonita por fora! E ela conseguiu essa alegria fazendo todo aquele pessoal ficar feliz!

 - Bellah Leite Cordeiro
(História enviada por Meire  de Monte Mor)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Bolhas de sabão.

Desfolha no canudo

e espalha-se no ar,

acima de tudo.



Voa sobre o galho

e espelha brilhando

a gota de orvalho.



Olha para a folha

vermelha de encanto

e sobe sem escolha.



O velho

debulha o sorriso

e esquece o trabalho

vendo a bolha voar.



(Dulce)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

CORDEL CHAPÉUZINHO



A estória de chapeuzinho vermelho



O lobo mau esperava

O chapeuzinho vermelho

Na estradinha do bosque

Olhava pelo um espelho

Queria lhe devorar

Pra sua fome aplacar

Da barriga ouvia conselho.



Por outra estrada ela foi

Sem atentar pro perigo

Cantando pela vereda

Procurava seu abrigo

Na casa da vovozinha

Que ali morava sozinha

Sem vizinho e sem amigo.



O lobo mau foi na frente

A vovozinha devorou

Vestindo a roupa dela

Na vovó se transformou

A menina chegou cansada

Não desconfiou de nada

E logo na casa entrou.



Mas que olhos imensos

A menina perguntou

É para te ver melhor

O lobo arrematou

E essa orelha grande

Esse chapéu não esconde

Chapeuzinho estranhou.



E pra te ouvir bastante

Disse o lobo descarado

Nossa que nariz enorme

Pra ele foi perguntado

É pra te da muito cheiro

Sentir teu aroma inteiro

Respondeu o lobo danado.



E essa boca gigantesca

De longe dá para vê

O lobo se apresentou

Falou o que veio fazer

Arreganhando o dente

A Boca aberta e contente

A menina quis comer.



De repente ela viu

Que a sua vó era o lobo

Começou logo a gritar

Fazendo a fera de bobo

Os caçadores ouviram

Mataram o lobo de tiro

E contaram para o povo.



Abriram a barriga do lobo

E salvaram a vovozinha

Que foi engolida inteira

Mas ainda tava vivinha

Chapeuzinho ficou feliz

É isso que o conto diz

Nessa bonita estorinha.


Autor: Daniel Fiuza


10/11/2001

Cordel baseado numa estória muito conhecida da gente.escrita por :

CHARLES PERRAULT

quarta-feira, 13 de julho de 2011

História do Porco



Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia ele descobriu que seu vizinho tinha este determinado cavalo. Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário que disse:

- Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias. No 3º dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor será necessário sacrificá-lo.

Neste momento, o porco escutava a conversa.

No dia seguinte, deram o medicamento e foram embor a. O porco se aproximou do cavalo e disse:

-Força amigo, levanta daí senão será sacrificado!!!.

No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou novamente e disse:

- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar.

Upa! Um, dois, três...

No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário disse:

- Infelizmente vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.

Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:

- Cara, é agora ou nunca! Levanta logo, upa! Coragem! Vamos, vamos! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa, vai....fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Você venceu campeão!!!.

Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:

- Milagre!!! O cavalo melhorou, isso merece uma festa!Vamos matar o porco!..

sábado, 9 de julho de 2011

O mistério das ondas do mar


Há muito tempo atrás, os mares do mundo inteiro paralisaram. Não se movia uma ondinha sequer. Em uma cidadezinha muito pobre, um jovem curioso pescava à beira do mar tentando entender aquele mistério quando, de repente, começou a escutar um estranho coaxar angustiado.

Ele apurou o ouvido e foi caminhando em direção de onde vinha aquele som. Foi então que pulou na sua frente uma sapa enorme que lhe implorou:

— Por favor, estou me escondendo de uma cobra que deseja me devorar. Me proteja, pois eu não quero morrer.

Dizendo isso, surgiu de repente uma cobra que imediatamente deu um bote em direção à indefesa sapinha. O rapaz, sem ter muito tempo para pensar, lutou com a cobra e sacando de uma faca que utilizava sempre
em sua pescaria, conseguiu dar um fim àquela serpente depois de muita luta.

Muito agradecida a sapa lhe fez um pedido muito estranho:

— Para completar a sua ajuda, gostaria que você me desse um beijo, pois tenho sofrido muito estes últimos dias e preciso do carinho.

O rapaz então, impulsionado desta vez por sua bondade, atendeu ao pedido da sapa que, após o beijo, transformou-se numa belíssima jovem. Imediatamente, surgiram lindas ondas no mar que pareciam cantar agradecidas por ele ter libertado sua princesa. As ondas batiam com alegria na areia aquecida pelo Sol.

A princesa explicou que em seu reinado, lá no fundo do mar, ela era a responsável pelas beleza das ondas e contou que elas haviam parado por causa de um feitiço que uma bruxa invejosa havia lhe jogado.

Feliz e agradecida, a princesa, antes de retornar para o mar, prometeu a ele que nunca mais faltaria peixes para alimentar seu povo.

Foi assim que tudo aconteceu. Aquele povoado se tornou próspero e todos viveram felizes por lá. Dizem que até hoje este rapaz pára aos finais da tarde e fica escutando as ondas do mar, na esperança de que
apareça outra sapinha lhe pedindo um beijo encantado.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A LENDA DA ÍNDIA NAIÁ



ERA FESTA NUMA NOITE DE LUAR

NA ALDEIA DOS MAUÊS

AO SOM DE TORÉS E MARACÁS

DANÇAVAM OS BRAVOS GUERREIROS.



ENQUANTO EM UM CANTINHO QUALQUER

SONHAVA A ÍNDIA NAIÁ

COM SEU GUERREIRO BRANCO

QUERENDO COM ELE ENCONTRAR.



NO CÉU A LUA BRILHAVA

LHE CONVIDANDO O TEMPO INTEIRO

PARA IR AO LAGO SE ENTREGAR

AO SEU AMADO GUERREIRO.



A ÁGUA ESTAVA CRISTALINA

REFLETINDO TODAS AS ESTRELAS

E A LUA PRATEADA

REPRESENTANDO O SEU GRANDE GUERREIRO.



E AOS SEUS SENTIMENTOS

A ÍNDIA SE ENTREGOU

DE ENCONTRO AO SEU GUERREIRO

NO LAGO SE ATIROU.



FOI ASSIM

FOI ASSIM

QUE NUMA FLOR

A ÍNDIA NAIÁ SE

TRANSFORMOU