sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Ó Abre Alas


Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Eu sou da Lira
E não posso negar
Rosa de Ouro
É que vai ganhar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Eu sou da Lira
E não posso negar
Rosa de Ouro
É que vai ganhar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Eu sou da Lira
E não posso negar
Rosa de Ouro
É que vai ganhar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Eu sou da Lira
E não posso negar
Rosa de Ouro
É que vai ganhar



* Fontes: www.clubedochoro.com.br

               www.chiquinhagonzaga.com

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A Lenda do Fogo



Nos tempos antigos as tribos de índios não conheciam o fogo. Eles sentiam muito frio e medo à noite pela falta dele. Então, um dia o pajé (o feiticeiro da tribo) escolheu um forte guerreiro, o mais corajoso de todos, e o encarregou de ir buscar o fogo no céu.
Japu foi o escolhido. O ritual começou: uma noite inteira de danças, rezas e contação de histórias foi feita. E naquela noite, por meio das feitiçarias do pajé, Japu se transformou num belo pássaro azul com penas cintilantes e bico da cor do fogo. No primeiro raio de sol, Japu voou para o céu de Tupã (o deus sol), para cumprir sua missão.

Lá, ele lutou muito com os raios, mas venceu. Assim, o Deus Tupã lhe deu uma centelha de seu fogo divino, a qual ele trouxe no bico. Quando chegou na terra, Japu finalmente deu aos homens aquele presente precioso.

Quando o pajé o desencantou, ele voltou à forma humana. Mas que tristeza! Japu percebeu que tinha ficado com o rosto todo deformado e queimado pelo fogo celeste! Ficou tão triste e envergonhado que pediu ao pajé que o encantasse outra vez. O pajé o atendeu e ele virou para sempre um pássaro azul com o bico da cor do fogo!
Então, quando vemos um pássaro azul com bico da cor do fogo passando por perto, já sabemos que é Japu trazendo o presente precioso fogo celeste para nós.


Adaptação de Tia Lourdes – Mitos e Lendas. Histórias que o povo canta. Revista Família Cristã, julho de 1989.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O Quero quero



A lenda do quero-quero tem um fundo religioso, representando o castigo para aqueles que se recusam a ouvir e a viver a palavra de Deus.

Fugindo de Herodes, que determinara a matança de todas as crianças recém-nascidas, a Santa Família partiu em fuga para o Egito. Para não ser vista pelos soldados perseguidores, viajava à noite e se escondia de dia. Na longa caminhada noturna, era necessário que tudo se fizesse no mais completo silêncio. Silêncio esse, respeitado por todos os animais, encontrados pelo caminho. Era como se estivessem eles obedecendo a palavra de Deus, na proteção de Jesus, Maria e José.

Todos menos um: o implicante quero-quero. Este não parava de falar, e por sua desobediência, recebeu como castigo a tagarelice eterna, não parando mais de gritar, inclusive alertando os caçadores quanto à sua presença e correndo o risco de ser caçado.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O Gato e o Rato



O Gato e o Rato tornaram-se amigos. Um dia combinaram fazer uma viagem a uma terra distante. Pelo caminho tinham de atravessar um rio.
__ Por onde passaremos? __ perguntou o Gato. __ O rio leva muita água.
O Rato respondeu:
__ Não faz mal. Fazemos um barco.
O Gato concordou e logo ali os dois colheram uma grande raiz de mandioca e fizeram um barco com ela. Meteram o barco na água, entraram para ele e começaram a atravessar o rio.
Pelo caminho começaram a ter fome e repararam que não tinham levado comida.
O Gato perguntou então:
__ O que é que nós havemos de comer?
__ Não te preocupes, amigo Gato, porque podemos comer o nosso próprio barco.
E os dois começaram a comer o barco. O Gato pouco comeu porque a mandioca não lhe sabia bem, mas o Rato comeu, comeu, comeu até que acabou por furar o barco, que foi ao fundo.
O Gato e o Rato tiveram que nadar até à margem, mas, enquanto o Rato nadava bem e depressa, o Gato que mal sabia nadar, só com muita dificuldade e muito envergonhado é que conseguiu chegar a terra.
O Gato olhou então para o Rato e viu que ele estava com a barriga bem cheia por causa da mandioca, enquanto ele continuava cheio de fome. Por isso lembrou-se de comer o Rato.
__ Sinto muita fome, Rato. Vou ter de te comer.
__ Está bem __ disse o Rato espertalhão __ mas olha que eu estou muito sujo. É melhor ir primeiro lavar-me. Espera aí.
O Rato afastou-se e desapareceu. O Gato ainda hoje está à espera.



Contos Moçambicanos: INLD, 1979
http://www.terravista.pt/Bilene/1494/gato1.html